sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Mesa-redonda debate ambiente, sociedade e multidisciplinaridade
Na manhã desta sexta-feira, os pesquisadores Umberto Cordani, Bernardino Figueiredo e Maria Cristina Forti participaram de uma mesa-redonda sobre Ambiente e Sociedade. Umberto Cordani destacou os principais desafios ambientais colocados para a comunidade acadêmica e Maria Cristina Forti ressaltou sobre as conseqüências das atividades humanas na atmosfera, geosfera, biosfera e hidrosfera.
Segundo a pesquisadora, é preciso que a sociedade se aproprie do conhecimento, para lidar com os problemas ambientais, e que haja uma transformação do paradigma de desenvolvimento.
O pesquisador Bernardino Figueiredo, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM) da Unicamp, falou sobre o doutorado Ambiente e Sociedade e o desafio de colocar em prática a multidisciplinaridade. "Os grandes problemas não podem ser solucionados por uma única disciplina". Segundo ele, um trabalho multidisciplinar requer uma equipe multidisciplinar, na qual cada integrante deve desempenhar da melhor forma possível o seu trabalho, mas é consciente de que precisa estar sempre aberto e se comunicar para que o resultado final da pesquisa seja positivo.
As atividades do congresso se encerram às 12h30. A partir das 14h30, haverá uma assembléia da Sociedade Brasileira de Geoquímica com a participação dos editores da Geochimica Brasiliensis.
Mais cinco autores recebem prêmios de melhor pôster
Importância da Geoquímica e Rede Geochronos são destaques da manhã de sexta
Na manhã de sexta-feira, dia 26, dois assuntos permearam as conferências plenárias: a importância da Geoquímica, destacada pelo secretário geral da SBGq Carlos Bandeira e pelo presidente da sociedade Luiz Antonio Trindade, e a criação e fortalecimento da Rede Geochronos, pelo pesquisador Ciro Appi da CPRM.
Para Carlos Bandeira, a Geoquímica tem um papel fundamental na melhoria da qualidade ambiental e da qualidade da vida humana. "É importante na identificação e busca de soluções remediadoras na detecção de gases na atmosfera, qualidade de águas para consumo, determinações analíticas relacionadas a contaminações em solos e na avalição de resíduos", disse. Na conferência, ele destacou as novas técnicas e metodologias e os equipamentos analíticos que têm colaborado para o êxito da área.
Ciro Appi falou sobre o processo de criação da Rede Geochronos, resultado de uma parceria entre diversas instituições de pesquisas, CPRM e Petrobras. Segundo ele, o objetivo da rede é integrar pesquisadores e instituições e viabilizar projetos de Geociências para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para a criação da rede, foram investidos mais de R$ 20 milhões - montante que colocou a iniciativa como a de maior investimento em Geociências nos últimos 20 anos.
Hoje, a rede atua com programa de capacitação (através de bolsas de pesquisa) e deve ser ampliada - estão previstos a criação de mais seis laboratórios em instituições de pesquisa.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Jantar de confraternização acontece nesta noite
Congressista mais jovem!
"Qualidade do Ar"
Nesta tarde de quinta-feira (dia 25), as evidências sobre mudanças climáticas no Chile foram uma das discussões abordadas durante sessão de trabalhos sobre qualidade do ar. O pesquisador chileno Reinaldo Borgel destacou alguns dos problemas climáticos enfrentados pelo seu país e reforçou que o problema do aquecimento é global, atingindo todo o mundo.
Na mesma sessão, Sueli Pereira, apresentou o “Método de análise da casca de árvore para identificação de área com histórico de poluição atmosférica nos municípios de Campinas e Mogi Mirim”. O procedimento consiste na retirada de pequena parcela da casca de árvores, previamente selecionadas, e análise por fluorescência por raio X.
Comitê PCJ: experiência positiva é mostrada em congresso
Nesta tarde de quinta-feira (dia 25), o prefeito de Atibaia, José Roberto Trícoli, participou de uma mesa-redonda sobre Água e a experiência do Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Trícoli, que também é presidente do Comitê PCJ, dividiu o debate com Luiz Roberto Moretti, secretário executivo do comitê, e com Roberto Polga, da CIESP, representando a sociedade civil.
Para Trícoli, o Comitê PCJ é uma experiência positiva porque funciona como um fórum tripartite para a discussão e proposição de políticas públicas para os recursos hídricos. “O Comitê PCJ um modelo democrático, que prioriza a gestão compartilhada e respeita todas as esferas de organização – o local, regional, o estado e a união”, disse.
Desde a sua criação, há 14 anos, o comitê vem debatendo as metas necessárias para a melhoria da gestão dos recursos hídricos. Entre essas metas, estão o uso e ocupação do solo, a racionalização, a construção de barragens de regulação da água, educação ambiental, criação de agência e cobrança pelo uso da água, entre outras.
Segundo Moretti, a primeira bacia a cobrar pelo uso da água foi a do rio Paraíba. Em São Paulo, apesar das discussões sobre o assunto terem começado na segunda metade da década de 1990, foi somente em 2006 que a cobrança de fato foi implementada, sendo o Comitê PCJ o primeiro a colocá-la em prática.
Para que haja cobrança, é preciso que os comitês tenham um “plano de bacia”. Sem um planejamento sobre as reais necessidades de cada bacia e sobre o que deve ser feito, não pode haver cobrança dos recursos hídricos.
Importância do PCJ
A região onde estão as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí representa 7% do PIB nacional – daí a importância destacada da criação do comitê.
Na decisão sobre cobrar pelo uso da água, pesaram diversos fatores e houve muita negociação até se chegar a um consenso. Por isso mesmo, Moretti destaca o baixo índice de inadimplência no pagamento pela água. “Esse é um fórum que congrega todos os segmentos, por isso temos de equacionar os conflitos e chegar ao consenso”, ressaltou o prefeito de Atibaia.
“No caso dessa região, os desafios ao tratar de água são muitos: a população é grande, o crescimento (econômico e industrial) é grande também e a disponibilidade de água equivale à disponibilidade da Arábia Saudita”, disse Roberto Polga. Por isso mesmo, ao considerar a necessidade de cobrança pelo uso da água como mecanismo para induzir uma mudança de comportamento, a indústria acatou a decisão de pagar pelo que usa, de acordo com o representante da CIESP. “A indústria se preocupa com essa questão e por isso quer pagar, mas não sozinha.”
O próximo passo do comitê deverá ser a cobrança da água usada pelos agricultores, a partir de 2010 – hoje eles só pagam a cobrança feita pelo governo federal, já que há dois comitês referentes ao PCJ, um no nível federal e outro estadual.
Em 2009, a previsão do Comitê PCJ é arrecadar cerca de R$ 37 milhões – somando os pagamentos vindos da arrecadação federal e da estadual. Essa verba será usada para sanar algumas necessidades das bacias, considerando o “plano de bacia” feito pelo comitê.
Flúor na água - tema de trabalho
A ciência já mostrou que o flúor é benéfico à saúde humana pelo seu uso na prevenção à cárie dentária. E mostrou também que, em doses excessivas, esse elemento químico pode causar danos à saúde. Pequenas doses diárias de flúor podem causar intoxicação crônica, afetando tecidos mineralizados e causando deformidades nos ossos e nos dentes.
Nesta tarde, esse foi o assunto debatido pelo dentista e mestrando do IG-Unicamp Sérgio Komati, que faz um estudo sobre a presença de flúor na água do município de Amparo-SP.
Excursão - Granitóides da região de Atibaia: conhecimento e aventura
Álcool, combustível limpo? Nem tanto
Este foi o tema de dois trabalhos da Unesp-Araraquara apresentados na manhã desta quinta-feira, dia 25, relacionados à cultura de produção e queima da cana-de-açúcar. O estudo dos impactos relacionados com a plantação e queima da cana-de-açúcar para produção do biocombustível etanol, popularmente conhecido como álcool, teve início em 2001, sob coordenador do pesquisador Arnaldo Cardoso.
Os estudos se concentram em Araraquara, município localizado no interior do Estado de São Paulo e um dos principais responsáveis pelo cultivo de cana no país. As pesquisas mostraram que a cultura da cana-de-açúcar nesta cidade paulista interfere diretamente em questões relevantes para a população, como meio ambiente e saúde.
A queima da palha de cana, por exemplo, emite material particulado fino. Esse material, por ser respirável interfere na saúde, aumentando o número de casos de asmas e de hipertensão.
A cultura da cana também é uma das responsáveis pela formação e dispersão do nitrogênio ativo – um elemento com atividade química e biológica, que possui potencial para modificar as propriedades físicas do meio ambiente ou da biota. Esse nitrogênio ativo é responsável por provocar problemas ambientais locais e regionais como a chuva ácida, a contaminação de águas e tem grande potencial para afetar a biodiversidade de florestas naturais.
Qualidade, proteção e sustentabilidade de águas
Último debate discute educação e atrai bom público
Os professores Paulo Correia e Maria Cristina Toledo, da USP, aproveitaram a oportunidade para criticar o conteúdo didático passado aos alunos, sobre Ciências da Terra, e a forma como este conteúdo aparece nos livros didáticos. Eles chamaram a atenção também para a importância da interdisciplinaridade no ensino atual.
Em seguida, Sheila Ceccon, da Secretaria de Educação de Atibaia, e as professoras Crisélia Santos e Roberta Dornelas, da USP, apresentaram exemplos de como desenvolver a interdisciplinaridade nas salas de aula.
Entre as apresentações, Sheila destacou que a partir do “Projeto Crianças da Paz”, desenvolvido em Atibaia, as crianças do Ensino Fundamental descobriram falhas na relação meio ambiente-homem e passaram a questionar as ações e idéias associadas à preservação ambiental.
Mudanças Climáticas e Agricultura: destaques desta manhã de quinta-feira
As atividades do congresso tiveram início nesta manhã de quinta-feira, dia 25, com as conferências plenárias proferidas pelos pesquisadores Paulo Artaxo e Adolpho José Melfi.
Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, falou sobre mudanças climáticas e Amazônia, destacou que desde 1970 a humanidade tem presenciado um aumento na temperatura dos oceanos e da superfície global, no nível do mar, uma maior intensidade de chuvas e de secas, maior prevalência de ondas de calor e ocorrência de furacões. Por outro lado, percebe-se um decréscimo em extensão de neve, gelo no
mar Ártico e de geleiras.
O pesquisador destacou ainda as projeções feitas pelo IPCC para os próximos 100 anos, considerando três tipos de cenário: o mais conservador, o intermediário e o mais pessimista. As projeções apontam aumento de temperatura entre 2 e 4ºC na temperatura média global. Esse aumento pode ter efeitos importantes na Amazônia, no Cerrado e no Nordeste brasileiro.
Paulo Artaxo destacou ainda que, em se tratantado de mudanças climáticas, há uma necessidade de mais pesquisas e estudos sobre a componente forçante radiativa para obter melhores projeções sobre o aumento da temperatura e possíveis conseqüências para o futuro.
O pesquisador Aldolfo José Melfi, da Esalq USP, abordou práticas agrícolas que minimizam emissões de gases de efeito estufa, como a prática do plantio direto e a colheita de cana-de-açúcar sem queima.
Segundo o pesquisador, o Brasil ocupa a 17ª posição entre as nações que mais emitem gases de efeito estufa quando consideradas as atividades industriais e de transporte (com a queima de combustível fóssil). A situação muda, porém, quando o assunto é emissões também por mudanças no uso do solo ou por atividades agropecuárias. "Aí, o Brasil passa a ocupar a quarta posição", disse.
Ao apontar resultados de pesquisas e cálculos feitos, Melfi destacou a importância de discutir e ampliar as práticas agrícolas que visem diminuir a emissão desses gases na atmosfera.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Banda de Campinas agita Pavilhão de Exposições
Excursão - Visita ao Sistema Cantareira
Atenção, congressistas: Banda hoje a partir das 17 horas no congresso
Descontração à beira da represa
Mesmo com chuva, plantio de mudas de árvores acontece
A idéia prevista anteriormente era envolver mais de 300 crianças no plantio. Por causa do mau tempo, a comissão organizadora, junto com a prefeitura de Atibaia, cancelou a participação dos estudantes.
O plantio de árvores, numa área municipal de preservação, tem como objetivo colaborar com a ação da prefeitura em revitalizar algumas áreas importantes de Atibaia.
Agricultura, meio-ambiente e saúde: temas do segundo dia de palestras
A pesquisadora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Gisela Figueiredo, participou do debate e falou sobre os impactos que os agrotóxicos causam à saúde, enfatizando a importância do uso efetivo dos equipamentos de proteção.
Heloisa Filizola, pesquisadora da EMBRAPA, relatou as principais ameaças causadas pelas atividades humanas aos recursos naturais. E chamou a atenção para o paradoxo existente entre qualidade e quantidade ambiental: “A necessidade cada vez maior da produção agrícola e o uso de agrotóxicos, aumentam também as ameaças ao meio ambiente”.
Para hoje, quarta-feira, está previsto um debate sobre Educação Ambiental e Interdisciplinaridade, também no Centro de Convenções, a partir das 19 horas.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Lançamento de livro
XI CBGq premia autores dos cinco melhores pôsteres
Congresso está também no Portal Unicamp
Workshop Internacional de Geologia Médica
De acordo com eles, deste o Império Romano, problemas envolvendo a geologia médica já existiam. No entanto, foi no inicio do século XX que o primeiro livro sobre o assunto foi publicado.
Atualmente, a área está presente no cotidiano das pessoas e vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade. Conferências, cursos e principalmente a existência da Associação Internacional de Geologia Médica são exemplos desta situação atual.
Os pesquisadores destacaram também que o Brasil é um dos países com grande potencial para estar na linha de frente no desenvolvimento e consolidação da Geologia Médica.
Plantio de árvores acontece nesta quarta-feira
Dois ônibus partirão do Hotel Bourbon às 8h30, com destino ao bairro da Usina, uma das áreas escolhidas pela prefeitura para o plantio das mudas, localizada à beira da represa. Após o plantio, os congressistas poderão almoçar no restaurante Frango D' Água.
Na parte da tarde, a atividade será realizada no Parque das Águas, na região central de Atibaia. O plantio acontecerá a partir das 14 horas.
As inscrições para a participação dessas atividades devem ser feitas na secretaria do congresso.
TV Vanguarda faz cobertura do congresso
Meio ambiente, Planeta Terra e saúde são temas da conferência plenária de 3ª feira
O pesquisador Olle Selinus, presidente da IMGA destacou que a Geologia Médica – também chamada de Geomedicina – será o foco do Congresso Internacional de Geologia a ser realizado em 2008, em Oslo, na Noruega. Assim, geologia médica, água, saúde humana e meio ambiente serão temas a serem abordados pelos pesquisadores que estarão presentes no evento.
Humberto Cereser, do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, falou sobre o projeto de geomedicina no Paraná e destacou a criação de um sistema de Web Mapping, que tem por finalidade auxiliar pesquisas ambientais e de doenças crônicas de maior incidência em crianças na região.
O Web Mapping trará informações sobre a relação entre teores de elementos químicos e substâncias encontradas no meio ambiente e efeitos na saúde humana, animal e vegetal.
Segundo ele, o estado paranaense possui as maiores taxas de câncer no córtex das glândulas supra-renais em crianças entre 0,8 e 3 anos. O objetivo de pesquisas conduzidas pelo Instituto é verificar se há e quais são as influências ambientais sobre a doença.
O pesquisador Bonald Figueiredo, também do Instituto, participou da conferência via skype e, diretamente da França, respondeu perguntas relacionadas ao assunto feitas pelo público presente.
Atividade de extensão - Primeiro debate aborda meio ambiente e saúde
Aconteceu na noite de segunda-feira, dia 22, o primeiro dos três debates programados para acontecerem no Centro de Convenções de Atibaia. As palestras sobre saúde e meio ambiente foram proferidas pelo pesquisador Jose Centeno, das Forças Armadas dos Estados Unidos, e por Carlos Oití Berbert, coordenador-geral das unidades de pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia e representante no Brasil da IUGS para o Ano Internacional do Planeta Terra.
Jose Centeno destacou a importância da Geologia Médica, uma área que estuda os fatores e elementos naturais que podem afetar a saúde pública. “Trata-se de uma área multidisciplinar, pois envolve medicina, geografia e geologia, que juntas identificam os problemas naturais que, muitas vezes, são imperceptíveis, mas prejudicam o bem-estar humano”, destacou.
Carlos Oití Berbert ressaltou a necessidade das Geociências para a sociedade e o potencial das Ciências da Terra na construção de uma sociedade mais segura, sadia e sustentada. O representante da IUGS falou ainda sobre a importância do Ano Internacional do Planeta Terra, seus objetivos e destacou o XI Congresso Brasileiro de Geoquímica como uma das maiores comemorações do Ano Internacional no Brasil.
Hoje, acontece a partir das 19 horas um debate sobre meio ambiente, saúde e agricultura. Amanhã, quarta-feira, está programada uma mesa-redonda sobre educação ambiental e interdisciplinaridade. Congressistas e moradores de Atibaia estão convidados a participarem.
Local: Centro de Convenções – Centro - Atibaia
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Sessão Pôster começa nesta segunda
AIPT quer divulgar importância das Geociências para a sociedade
O comitê do AIPT, formado por 23 cientistas do mundo todo, escolheu 10 temas que norteiam as discussões e ações relacionadas ao Ano Internacional. Oití explicou cada um dos temas e destacou as principais necessidades em cada área, como políticas de longo prazo que harmonizem demandas econômicas, sociais e ambientais no caso das megacidades e novas tecnologias, pesquisas e metodologias para diminuir a vulnerabilidade das pessoas e lugares frente à ocorrência de desastres naturais.
No Brasil, o primeiro evento referente ao Ano Internacional aconteceu em janeiro deste ano, com a realização da Estação Ciência, em São Paulo. Para o próximo ano, além da programação de divulgação (com criação de revistas, blogs, realização de assembléias, por exemplo), Oití destacou a realização do Congresso Brasileiro de Geologia, que será em Curitiba-PR.
Workshop debate experiências de diferentes países
Como exemplo desses efeitos, o pesquisador português, Eduardo Ferreira da Silva, falou sobre o impacto ambiental causado pela poluição dos metais pesados na área abandonada de Caveira (Sul de Portugal). Segundo ele, o local apresenta impactos bem visíveis e sofre processos de erosões decorrentes dos desmatamentos, incêndios e chuvas fortes. Por conta das atividades de mineração, o solo da região também apresenta elevados índices de cobre, zinco, mercúrio e principalmente arsênio.
Já o consultor de Geociências Brian Marker, do Reino Unido,citou a Inglaterra como exemplo dos efeitos da exploração e uso de minérios a céu aberto. O pesquisador destacou a falta de atenção da população local em relação a este risco ambiental. “Os políticos e administradores da região enfrentam problemas, pois os habitantes querem o desenvolvimento imediato destas áreas, mas, ao mesmo tempo, continuam as atividades minerais.”
O pesquisador Jonas Satkunas citou a importância da integração entre informação geocientífica e gestão ambiental, citando uma experiência da Lituânia. Ele ressaltou a importância da água para a vida humana e a preocupação com sua escassez, ao divulgar resultados obtidos a partir de um estudo sobre lençóis freáticos. “Constatamos que grande parte dessas águas subterrâneas já estão poluídas, devido à acidez dos solos.” Por isso mesmo, ele destacou a necessidade de investimentos em tecnologia como uma das soluções para resolver os problemas da gestão ambiental.
Apresentações de trabalhos
Além do Workshop, na tarde desta segunda, aconteceram palestras cujos temas abordados foram: “Recursos e desenvolvimento econômico”, “Geoquímica de rochas e minerais –Decifrando os mistérios do planeta” e “Qualificação e analises geoquímicas”.
Pesquisadora destaca importância do diálogo entre ciência e política
Durante sua palestra, na segunda-feira (dia 22), a pesquisadora da Malásia destacou que vem trabalhando, nos últimos anos, dentro de uma equipe multidisciplinar, com o objetivo de conscientizar as pessoas - principalmente políticos, gestores e tomadores de decisão - da importante contribuição que as Geociências podem oferecer para a solução dos problemas de gestão ambiental. "Tentamos encorajar a aplicação das Geociências em muitas áreas diferentes", disse.
Joy Pereira destacou também a necessidade de "geodiplomatas" - pesquisadores que façam a convergência entre as Geociências e governança. "Os nossos principais desafios são a falta de uma conscientização política, a necessidade de ter uma configuração institucional, elaborar estratégias e planos de ação, manter acordos multilaterais e exercer, de fato, o poder de influenciar o processo decisório."
Um exemplo de uma ação bem sucedida, segundo a pesquisadora, refere-se à questão da mudança climática, com a criação do IPCC e das intervenções científicas feitas em 2001, com a criação do Protocolo de Kyoto, e mais recentemente, em 2007, com os novos estudos apontados pelo comitê a respeito do aquecimento global.
Segundo Joy Pereira, as comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra devem envolver mais do que debates, workshops ou outras ações pontuais. "Deve haver uma estratégia para gerar mudanças. Caso contrário, após três anos as pessoas se esquecerão de tudo que tem sido debatido hoje. Precisamos pensar em como usar o Ano Internacional para gerar mudanças positivas nos países."
Planetário traz diversão e aprendizado para estudantes
De maneira simples e descontraída, dentro do planetário, é feita uma apresentação de slides, cujo objetivo também é conscientizar os alunos de que é preciso usar, de forma sustentável, os recursos naturais. Junto à apresentação, os monitores responsáveis pela atividade batem papo com os alunos e contam a história e curiosidade das constelações do Sistema Solar, abrindo espaço para as perguntas dos estudantes.
Primeira turma – Na manhã desta segunda-feira, dia 22, o primeiro colégio a visitar o planetário foi a escola “Terra Brasil”. Os alunos do sexto e nono anos do Ensino Fundamental, acompanhados pela professora de História Ingrid Haag, mostraram muito interesse pela novidade.
Durante a exibição dos slides e da explicação dos monitores, olhos e ouvidos atentos a tudo que era falado. O objetivo da atividade foi cumprido: “Fiquei sabendo sobre as constelações e sua importância para os povos antigos”, disse o estudante do sexto ano Eduardo Andrade, 11 anos.
A professora da turma garantiu que os assuntos debatidos no planetário também serão abordados em sala de aula. “A escola segue uma linha de trabalho de conscientização, ensinando a respeitar o próximo e todo ser vivo da Terra”, disse. A atividade, segundo ela, contou com a adesão da escola porque trata diretamente sobre um tema que preocupa a sociedade: a questão ambiental.
A atividade, que teve início hoje, deve acontecer até quarta-feira, dia 24. Em cada dia, serão feitas oito apresentações, reunindo, assim, cerca de 700 estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas atibaienses, escolhidas pela Secretaria Municipal de Educação.
Palestrante fala sobre mudanças climáticas
Na Fapesp, o pesquisador destacou a necessidade de melhorar o diálogo entre cientistas e tomadores de decisão para que ações voltadas para a preservação ambiental e diminuição dos impactos potenciais associados aos riscos sejam tomadas.
Mais informações: http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=7921
Grupo de choro mostra cultura brasileira durante coquetel
Inaugurada a exposição do XI CBGq
Coral da USP participa da cerimônia
Cerimônia de abertura: congressistas recebem as boas-vindas
Na solenidade de abertura, Luiz Antonio Trindade da SBGq agradeceu a participação dos congressistas e destacou a importância do congresso para o fortalecimento das Geociências e da Geoquímica, especialmente, no Brasil. Bernardino Figueiredo, presidente da comissão organizadora do XI CBGq, enfatizou a adesão da comunidade acadêmica aos temas propostos para esta edição do congresso e destacou que o evento é uma importante contribuição às comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra no Brasil.
O prefeito de Atibaia, durante a sua fala, ressaltou a importância do congresso para a discussão de assuntos que preocupam a sociedade e elogiou a iniciativa da comissão que, em parceria com a prefeitura, programou uma série de atividades de extensão voltadas para a população atibaiense.
Carlos Oití Berbert, que também é coordenador-geral das unidades de pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia, destacou que, na agenda comemorativa ao Ano Internacional do Planeta Terra, o XI CBGq é certamente um dos mais importantes eventos, principalmente por envolver atividades voltadas para a comunidade local.
Fanfarra de Atibaia abre com chave de ouro o XI CBGq
Primeira atividade do Ano Internacional em Atibaia reúne bom público
O encontro, que aconteceu no sábado, dia 20, contou com a presença de congressistas e de membros das comissões internacionais presentes em Atibaia - IUGS (Comissão Internacional de Geociênicas para Gerenciamento Ambiental) e da IMGA (Associação Internacional de Geologia Médica).
A atividade abriu a semana de comemorações ao Ano Internacional do Planeta Terra em Atibaia, que segue até a próxima quinta-feira, dia 25.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
ao Ano Internacional do Planeta Terra
Aproveitando a realização do XI Congresso Brasileiro de Geoquímica, que acontece entre 21 e 26 de outubro em Atibaia, e para envolver a população do município e região nas comemorações ao Ano Internacional do Planeta Terra, uma série de atividades é programada, com apoio de representantes do evento e da prefeitura municipal local.
No Centro de Convenções e Eventos Victor Brecheret, já estão agendados três debates para as noites de 22, 23 e 24 de outubro (segunda, terça e quarta-feira), a partir das 19 horas. Com a participação de profissionais da prefeitura de Atibaia e de outras instituições científicas, como Unicamp e USP, as palestras são abertas ao público e a entrada é gratuita. Na noite de segunda-feira, será discutido o tema “Meio Ambiente e Saúde”; na terça haverá um debate sobre “Meio Ambiente, Agricultura e Saúde” e na quarta o público poderá conferir uma discussão sobre “Educação Ambiental e Interdisciplinaridade”.
Ainda no Centro de Convenções, na mesma semana, será montado um planetário portátil inflável, cedido pelo MAST (Museu de Astronomia e Ciências Afins), do Rio de Janeiro. O planetário deverá receber, durante o dia, visitas de centenas de crianças de algumas escolas de Atibaia, escolhidas pela Secretaria Municipal de Educação. Elas terão a oportunidade de conhecer os planetas do Sistema Solar, suas principais características e obter informações sobre o Planeta Terra e a importância da água para a existência da vida.
Crianças, estudantes e participantes do congresso também estarão juntos no dia 24, quarta-feira, quando haverá um plantio de mudas de árvores em pelo menos duas áreas de Atibaia. Propostas pelo prefeito José Roberto Trícoli, as áreas escolhidas são Bairro da Usina e Parque das Águas. As mudas estão sendo escolhidas por técnicos das áreas de meio ambiente e agricultura da prefeitura de Atibaia, preocupados em optar por espécies que se adaptem ao meio e que sejam importantes para a fauna local.
O plantio, segundo os organizadores do congresso, quer contribuir com o projeto de ampliação de áreas verdes e arborização de Atibaia, já desenvolvido pela prefeitura do município.
Ainda faz parte da programação da semana uma caminhada geológica, onde alguns jovens de Atibaia poderão conhecer melhor a formação geológica do município. Também será apresentado à população o Mapa Geológico de Atibaia, produzido pelo Serviço Geológico do Brasil. O mapa do subsolo do município é mais uma ferramenta que pode ser útil à implantação de políticas direcionadas ao desenvolvimento regional e ao fornecimento de dados para o planejamento territorial do município.
Na tarde do dia 20, antecedendo a abertura oficial do XI Congresso Brasileiro de Geoquímica, está programada também a exibição do documentário “Uma Verdade Inconveniente”, na seção do Cine-Clube da Câmara Municipal de Atibaia. Após a exibição, haverá um debate entre o público presente e alguns congressistas sobre mudanças climáticas, qualidade de vida e meio ambiente.
XI CBGq conta com Assessoria de Comunicação
O XI Congresso Brasileiro de Geoquímica (XI CBGq), a ser realizado em Atibaia entre os dias 21 e 26 de outubro, conta com uma Assessoria de Comunicação, cujas funções consistem em divulgar o evento para a mídia e atender a imprensa, que deverá estar presente no congresso. Alguns dos assuntos que serão tratados em Atibaia são de interesse público e jornalístico e, por isso mesmo, serão divulgados para a mídia, através da produção e distribuição de releases.
A comissão organizadora ressalta a importância da disposição dos congressistas em atender a imprensa, antes e durante o evento.
A Assessoria de Comunicação foi criada com o objetivo de auxiliar o diálogo entre mídia e pesquisadores, atender a imprensa nos dias do evento (para evitar que pesquisadores sejam surpreendidos por jornalistas), auxiliar os profissionais da mídia e, principalmente, para atender um dos principais objetivos do Ano Internacional do Planeta Terra: estimular atividades de difusão e de pesquisa científica com o propósito de despertar a atenção do público e dos governos para o vasto potencial das Ciências da Terra de contribuir para a elevação da qualidade de vida e para a proteção do planeta.